QUER
ISTO QUER AQUILO...
Quer
chore, quer ri,
quer
sofra ou não sofra,
todo
eu sou só versos
incontidos,
que
trago na palma da mão:
aos
leitores, mil versos devidos.
Quer
ame ou não ame,
quer
sonhe ou não sonhe,
sou
só o reverso
do
poema,
que
ponho no teu cabelo -
verdade
ou teorema.
Não
me dou por infeliz,
pelo
muito pouco que tenho -
que
o que mereço,
a
mim próprio me pertence:
quer
doa ou não doa,
a
quem não se convence.
À
vida, dou ilusão,
que
ela de há muito me castiga;
fere,
mata
e
da culpa, soa verdadeira:
por
isso sou só o sonho,
sonhando-o,
de outra maneira.
Quer
isto, quer aquilo...
e
inda que vencido, pelo cansaço,
todo
eu sou puro idealismo:
que
se faz caminho,
na
palavra pluralismo.
Jorge
Humberto
16/11/10