sábado, 2 de outubro de 2010
JOVENS UNIVERSITÁRIOS… QUE FUTURO
É demais confrangedor e angustiante, para quem passa por essas situações, vermos os nossos jovens universitários, sem emprego e sem colocação nas suas áreas. Andando de estágio em estágio, mal renumerados, que nem dá para os seus sustentos, muito menos para pagar propinas, para exercer outro curso, fora do seu ambiente, porque estudaram. Muitos têm trabalhos precários, outros nem isso têm, e só o bom humor e a raça, fá-los seguir em frente, economizando para o estudo de outras cadeiras, fora de sua área de emprego.
Os sucessivos governos, que têm como pendão e preocupação, a educação, prometem muito e não fazem nada, agravando a vida dos estudantes, que deviam ter trabalho, senão para a sua área, para outra complementar, mal acabassem os seus estudos universitários. Trabalham seis meses num lado e logo são descartados, isto é uma desonra para o país, que vê seus filhos estudarem uma vida, para nada. Alguns conseguem colocações, mas têm de fazer trabalhos por fora, como professores, tendo assim o acumular de duas profissões.
Por mais que queiram isto é uma vida de desgaste e de stress, não espanta tantos estudantes a tomarem comprimidos, para se manterem activos e de boa memória. Logo que o estudante universitário acaba o seu curso devia de haver uma lei que lhes desse primazia no mercado de trabalho, na sua área de estudos.
Mas não se vê nada disso, penam a bem penar, para arranjarem mil euros para pagar as propinas de um novo curso, isso não ganham eles nem metade, num mês de trabalho, à condição.
Os estudantes, são a geração do presente e do futuro, e se ficam felizes por serem admitidos numa universidade e terminam os seus estudos, depara-se-lhes as portas fechadas, do mercado de trabalho. Tantos anos de sacrifícios para nada, é uma grande decepção. Precisam de muita fibra e de dar passos atrás, para conseguirem trabalhar. As áreas que tiraram é quase uma utopia, um lugar nesses centros de trabalho, por isso têm de se resignar, a varrer as ruas e a irem para fábricas, fazendo qualquer coisa, que lhes traga o ordenado ao fim do mês.
Por tudo isto muitos vêem-se na contingência de pensar numa vida de emigrante e a procurarem a realização pessoal, noutro país. Isto é um total desaproveitamento dos nossos intelectuais, aqueles que podiam dar garantias de sucesso, para o país e para o povo, a médio, longo prazo. Os governos nada fazem e só aparecem nas eleições, com a sua demagogia, como queijo numa ratoeira. Tem-se de rever o sistema de ensino e de trabalho, dar emprego aos mestrados, mantendo-os em Portugal, a qualquer custo para desempenhar as funções, porque tiraram na sua licenciatura.
Mas isto vai de mal a pior, o desemprego reina e não é preciso grande sabedoria, para sabermos, enquanto população, que devemos eleger novos governantes, que cumpram as promessas feitas, caso contrário os nossos jovens com formação, nas mais variadas áreas, vão enriquecer outros países, que não o seu. Tem de se fazer um trabalho de fundo e fazê-lo singrar aos poucos, com muita determinação justiça e empenho, da parte dos todos os sectores sociais e laborais. Temos grandes intelectuais, há que zelar por eles e dar-lhes primazia no mercado laboral.
Jorge Humberto
28/09/10
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