sábado, 9 de abril de 2011
E A SOLIDARIEDADE
No encontro com a rua desnuda,
pessoas,
dobradas em quatro, sem ter o
que haver de seu,
dormem nas valetas, desta vida.
Gente passa por elas indiferentes,
omissas
ao que passa ao seu redor, sem
um pouco de pão,
que dar a estes pobres desgraçados.
É preciso esclarecer que a estas
pessoas,
ninguém dá emprego ou amor,
são renegados
relegados para planos inexistentes.
Sua má aparência repugna quem
por elas passa,
e viram o rosto para o lado, sem
se importarem
o que elas sofrem e penam pra viver.
Fala-se tanto em amor ao próximo,
que, pecadores,
nós somos, não nos apiedando
com o que vemos,
em cada esquina, nos degraus da dor.
Ninguém se interessa por estas
pessoas,
rotas, sujas, esfomeadas, com frio,
passando por nós,
com os seus parcos tesouros imundos.
Custa assim tanto parar e conversar
com elas e ouvir
suas histórias de vida, o que as levou
ao desespero,
de serem abandonadas pela família?
Sejamos mais altruístas e humanos,
não façamos,
destas palavras simples monólogos,
ofensa
para os que já são tão ofendidos.
Jorge Humberto
09/04/11
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