quinta-feira, 6 de outubro de 2011
FILIGRANAS DE AMOR
Filigranas, embutidas em meus
olhos, fazem-me ver a beleza,
de um rio, que vaga lentamente,
sendo levado pelas águas vivas.
Por entre seixos e verdes algas,
serpenteia, desviando-se dos
naturais obstáculos, até chegar
a uma pequena foz, junto a um
lago, onde se passeiam lindos e
esbeltos cisnes, e mais algumas
aves, que ali fazem o seu poiso,
por entre águas límpidas, puras.
Um pouco mais afastado, está o
meu amor, colhendo de mil flores,
as mais silvestres, que se acham,
junto às margens, do rio passante.
E vendo-o aproximar-se de mim,
com lindos arranjos florais, que a
terra fértil, tem para nos oferecer,
vou ao seu encontro, com braços,
de desejada comoção. Chegando
(respiração tranquila e sorriso nos
lábios), com apreço, estendes-me,
em mãos, os lindos malmequeres.
Felizes, debaixo de um céu imenso,
um alegre beijo, dá-se por havido,
e caminhando, pela orla deste rio,
somos todo este universo, em nós.
Jorge Humberto
04/10/11
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