sexta-feira, 14 de outubro de 2011
E A CHUVA CHEGOU, COMO VINDA DO NADA
Na manhã, translúcida, soprou ao longe,
um vento de mau agoiro;
e as nuvens, então brancas, obscureceram,
deixando no céu um acinzentado,
que se foi esconder, nas linhas das esquinas,
e no vão dos insípidos degraus,
das casas velhas, da cidade ainda adormecida,
indo se instalar, nos bancos dos
jardins. Tão depressa, quanto chegou, assim a
chuva, principiou no seu cair
água, por sobre o rio, primeiro, para depois se
encaminhar, para dentro da cidade.
Como uma cortina, encerrando águas e ventos,
a tudo fustigou, principalmente
as vidraças das janelas, absorvendo seu impacto,
em levadas, parecendo-se a cascatas.
E as árvores, eram agora de um verde-escuro,
com o vento instigando as folhas,
que, pela força da muita chuva, mostravam o seu
reverso, completamente castigado.
E nos jardins, flores jaziam, suas pétalas no chão,
como lágrimas cristalizadas,
deixando uma estranha sensação de incapacidade,
perante a tremenda borrasca.
Jorge Humberto
13/10/11
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