segunda-feira, 12 de abril de 2010
ATÉ JÁ… ZÉ CARLOS
Vazio… completamente vazio! é como
me sinto. Porque tu, meu amigo,
nunca deverias ter partido… não assim,
em sofrimento, na flor da idade,
sem um último sorriso, de teus
amigos, que, esperando, aguardavam,
cheios de esperança, a tua recuperação.
Hoje o dia, se encheu, de dor e de muito
choro. Tua esposa, não se conformando,
abraçava-se aos amigos… enquanto tua
filha, chorando sem parar, não deixava
teu último repouso, chamando por ti,
como que, escutar, a pudesses, ainda.
De sol, se fez a manhã, à tua passagem,
num último agradecimento, à tua pessoa.
Sempre pronta para a vida, para os amigos
e para o teu trabalho, de todos os dias…
enquanto assim, o permitiram.
De notar, que as flores, de todos os jardins,
avivando ainda mais, suas cores,
prestaram-se a um lindo cumprimento,
enchendo o ar de doces fragrâncias,
lembrando, tudo que de bom, existia em ti.
Suave brisa, espalhando-se, pelas folhas
das árvores, tocou nossos rostos,
e, as recordações, logo se fizeram sentir,
a cada nova respiração, por cada folha,
sempre que tocada, pelos ventos.
Em triste caminhar, um belo pássaro,
cantava, a viva voz, chamando-me à atenção.
E dizendo-me, que, o que se perde hoje,
amanhã tornará a nós.
Ainda mais forte, porque, a natureza,
tudo renova, usando sempre, de uma justiça
cega, que não olha nunca, a quem.
Não sendo crente (como bem o sabias), sei
que não partiste, de todo, pois estás em tudo,
que, meus olhos, alcançarem, conseguirem.
Jorge Humberto
07/03 /09
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