sábado, 17 de abril de 2010
CENAS DE UM AMOR DIFERENTE
Aqui, onde antes, era eu a sós,
quantas das vezes me desconheço.
Se nem a mim próprio pertenço,
como desatar estes meus nós?
Porém agora cuidar tenho,
não só de mim como doutro alguém.
Que nunca a trate como a ninguém,
que nunca me venha o desdenho.
Certamente por ela não virá,
pois que a amo de paixão.
E bate, bate forte viril coração…
que ela por mim testemunhará.
A favor do meu esforço sem par,
deste meu aprendizado constante.
Nunca, nunca mais, doravante,
jogarei minha vida a estragar.
Pois eu sei que ela, a meu lado,
sempre estará insistentemente.
Dói meu coração placidamente,
dói, dói de tão apertado.
Mas esta é uma dor afectuosa,
dois corações num só.
Quem sabe daremos o nó,
numa cena bem lacrimosa.
Sim… porque eu e minha Mulher,
somos criaturas sensíveis.
E as coisas tornam-se previsíveis,
inda antes do acto sequer.
Será uma festa só para amigos,
nada de grandes confusões.
E as distracções e alimentações
serão para aqueles sem abrigo.
Pois nós não queremos riquezas,
só bem-estar e muito calor.
E todo este nosso amor,
nunca se deu bem com avarezas.
Jorge Humberto
28/02/08
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