sexta-feira, 9 de abril de 2010
CHORO
O rio é já uma sombra gélida,
E os meus olhos por buscá-lo,
São este toque de gume,
Liquído que relembro em choro,
Por nos lembrar
Águas a uma só voz.
Como pode então a beleza
Ser este frio na alma,
Que rasga e prante tudo
O que é graça e calma,
E nos interrompe ao caminho,
O que nasceu pra ser,
E não vai sozinho?
Que crueldade tamanha
É esta em nós, que nos
Porfia e alimenta,
E nos traz ao desassossego?
Mas, meu amor,
Eu não quero o medo,
Soubera das águas o seu segredo,
Fosse a coragem para te dizer,
E não seria agora
Este que soi aqui morrer.
Jorge Humberto
(18/08/2003)
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Bom dia,
ResponderExcluirO choro manifesta a dor de uma alma,ou pode aer até de alegria e emoção.Estás o choro em nós para dizer coisas que muitas vezes as palavras não dizem e depois dele ficamos mais leves.Seu poema fez refletir,ao meu jeito.Bjs.
Obrigado Marilda por teu belo comentário a meu poema, grato pela tua visita.
ResponderExcluirBeijinhos