quinta-feira, 15 de abril de 2010
BRANCAS SÃO AS NUVENS
Deixo-me envolver pela suave melodia
de uma tarde de primavera.
Comigo estão as andorinhas e os
pardais que voam alto lá no céu.
As nuvens são esgarçadas e desenham
pontos no ar e formas
geométricas desniveladas,
que tolhem meus olhos embevecidos.
Chamo pelo teu nome que em
silêncio se encontra, pendurada
na janela de tua casa observando
também tu o azul celeste.
Azul que vai nos azuis nesta tarde
de primavera, com as aves a chilrear
tons primaveris donde brota
o sol ante os nossos olhos.
Olhos de bem despertar os nossos
que nos fazem sonharem para além
da imaginação própria de cada um
e que se transforma num sonho a dois.
As formas das nuvens não se compõe
por muito tempo visto que
está uma brisa que faz dispersar
os novelos de nosso olhar.
Em baixo corre um rio para donde as águas
o levam, em sons cristalinos
corre para o seu porto
um tanto distante de nós.
O sol brilha como nunca o vimos
e o tempo está quente, de forma
que as árvores parecem bêbadas
no clamor do calor esfusiante.
E nós misturamo-nos com a natureza
e puxando daqui e dali fazemos
desenhos nas nuvens
que se parecem com o branco do algodão.
Fazemos animais, pessoas, carros
aviões que ultrapassam a velocidade
do som e quando nos chateamos
passamos a mão e apagamos tudo.
A tarde já se junta à noite
e a lua de prata luz no céu clamando
pela noite estrelada, enquanto nós
fechamos as janelas entre suspiros.
Jorge Humberto
12/04/10
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