segunda-feira, 13 de setembro de 2010
A MUSA E O POETA
Esta constância em cantar-te
nos versos que te faço a poente
é de orvalho e róscido as palavras
com que feliz a ode se consente.
No mar azul verde de água
cavalos de espuma lançam suas crinas
de encontro os nossos ensejos ansiados
que no areal desenhado o acerbo das minas.
Ah, mas aqui, onde cabe a tua beleza
de flores e organdi o teu cabelo
cerejeiras em flor e borboletas
pomo de terra, de lãs e desvelo.
Rogando aos deuses a inspiração
de ambarina são as tuas vestes
para não ofender a vista do poeta
se as imagens são mais agrestes.
Canto nardos desenhando azuis celestes
da flor a semente que se avivou
raiz profunda do meu poema
que ao sol se expõe e se arrimou.
Ao néctar da vida são as minhas rimas
que da natureza vem a leveza do ser
bate breve, leve, levemente a brisa
até mostrar todo o seu parecer.
E tal como começou esta poesia
versificando a poente o teu conceito
é de mim as estrelas sua luz
quando é contigo, musa, que me deito.
Jorge Humberto
06/09/10
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