sábado, 25 de setembro de 2010
O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!
Devemos ser mais solidários uns com os outros, remar no mesmo sentido, correr na mesma direcção. Caminhar caminhos só do Homem conhecidos, que a estranheza fica à porta. Conhecermo-nos interiormente, assim a nossa companheira de luta, que cerra o punho contra a opressão, dos que nos querem ver calados e amarrados, no silêncio da palavra. Novos corvos da inquisição, que nos querem privar da liberdade de expressão, tanto a nível social como cultural. Mas o povo não baixa os braços e exige respeito e consideração, com o artista lutando a nosso lado, por uma mesma causa.
O povo unido, jamais será vencido, contra as paredes mudas e silenciosas, que parem fetos, nado mortos, da sua congénita mal nascida. O patrão não vingará, nos seus excessos cobardes, com que tentam achincalhar a populaça. Uni-vos todos, armai-vos de desmandos, contra o coto enfermo, do novo-riquismo, a viver em palacetes de cristal, dentro de suas redomas, onde paira a moléstia da pústula que progride, envolta em pus. Não passarão os novos tiranos, que escravizam quem se quer livre e liberto de amarras, pois nenhum algoz ou grades nos vencerá ou derrubará, de nossos intentos justos e justificados.
Dizei não aos rótulos, que nos querem estigmatizar e minimizar-nos, tratando-nos como iletrados e animais de carga, que chicoteiam nossos olhos, para que não possamos ver a sua verdadeira face, corroída pela demência. Vinde, meus amigos, e minhas amigas, vinde lutar pela vossa afirmação, a autodeterminação, que a todos pertence, por igual modo. Todos nunca somos demais, contra o pré estabelecido e dado como certo, acabando, sistematicamente, em sistemas fundamentalistas e terroristas – o xenofobismo no seu auge. Dizei não, aos repatriamentos, do povo cigano, em França e noutros países.
E o povo saiu à rua. Éramos muitos a uma só voz, dizendo não ao peculato dos vários políticos, que nos exploram, até ao tutano, como carne para canhão. E as pracetas e os passeios e as estradas, se encheram de gente, gritando em uníssono: nós somos o povo e é nosso tudo o que vedes! Suor de nossos braços, erigindo indústrias, trabalhando a terra, sendo irmanados, para com os repatriados, pela tirania de um governo absolutista e Neo Nazi. E o patrão se atemorizou com os miles de gente, que não paravam de gritar: a liberdade para todos os povos, sacrificados à custa do patronato.
E quando o grito cessou e as reivindicações foram proferidas, com o tom da alma,
a população foi-se desmobilizando e regressando a casa ou aos cafés, para falar da luta, que tinham acabado de travar, contra o focinho da palavra e dos senhores todos poderosos. Isto não é utopia, meus senhores, isto é o que é preciso ser feito, porque assim nos dita a consciência, de homens livres e imparciais, preocupados consigo mesmo e com os seus e os demais povos, ainda vivendo em guerras fratricidas, com todo o descaso para os trabalhadores, que ganham misérias e vergonha em ser gente. Mas, um dia, todos serão libertados.
Jorge Humberto
19/09/10
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