sábado, 18 de junho de 2011
A CASA GRANDE DE CORES SUAVES
Lindos jardins, todos floridos,
engalanam as risonhas ruas,
para trazer um sorriso aos amigos,
e pernoitar no manto das luas.
Cantam os pássaros alegremente,
esvoaçam as andorinhas com graça,
e todo o mundo parece contente,
sentados nos bancos da praça.
Os sinos da igreja tocam a finados,
lembrando quem já partiu,
e todos ficam deveras confinados,
ao adro, pelo que se ouviu.
Crianças de enternecedor olhar,
fascinam-nos com sua macia infância,
e é vê-las juntas a brincar,
seguindo regras de militância.
A casa grande tem bambinelas,
de cores suaves e delicadas,
dão para o rio, como sentinelas,
de rendas ricas são elas bordadas.
Da minha janela vejo os namorados,
agarradinhos como mais ninguém,
e fico a vê-los enlaçados,
como quando se ama alguém.
Do meu amor tenho a recordação,
a alegria de tê-la comigo,
e bate descompassadamente meu coração,
no poder sonhá-la tê-la por abrigo.
E neste entardecer sublimado,
tudo está conforme e é ameno,
e eu vivo a natureza apaixonado,
de semblante tranquilo e sereno.
Jorge Humberto
16/06/11
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