sexta-feira, 3 de junho de 2011
CIENTES DE NOSSO AMOR
Meu bem-querer, enches-me de emoção,
quando te chegas a mim para me procurar,
e com toda a comoção de teu coração,
um beijo relevante e altruísta me vens dar.
Recebo-o como o bem pouco que me sobeja,
divagando nos sonhos que nos adornam,
e teus lábios são como as belas cerejas,
que se põe como brincos que se exploram.
Belos jardins florescidos e coloridos nos visitam,
mostrando toda a sua beleza sem ter par,
e as nossas ilusões prementes nos requisitam,
abrindo as portas a embelecer o nosso lar.
Flores e plantas nós colhemos por assunção,
fazemos um belo ramalhete de jasmins,
e com toda a devotada e subtil agitação,
pousamos na mesa algumas opalas de arlequins.
Satisfeitos sentamo-nos no sofá a conversar,
e enquanto falamos de coisas corriqueiras,
um abrangente abraço soubemos conquistar,
e damo-lo das mais diversificadas maneiras.
Um silêncio toma conta de nós devagar,
e o respeito é recíproco e envolvente,
nunca do nosso amor houve duvidar,
pois que ele coadjuvado pelo que é permanente.
Rompido o silêncio em que nos soubemos,
com as palavras que se dizem sem se dizer,
fomos tudo o que aqui propusemos,
fomos o som que não quisemos romper.
E levantando-nos, de mãos nas outras dadas,
saímos de casa muito mais cientes,
das palavras que então não foram faladas,
pois agora somos muitos mais coerentes.
Jorge Humberto
01/06/11
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