sexta-feira, 3 de junho de 2011
SE ÉS CAPAZ
Se ainda te comove um sorriso de uma criança,
se as mãos do velhinho ainda aquecem as tuas,
se a todos és capaz de ser gentil e manter a esperança,
tuas são as palavras aqui ditas e nunca irão nuas;
Se és capaz de sorrir quando todo o mundo te nega,
se és capaz de sonhar e viver esse sonho,
teu é o altruísta coração, que não te sonega,
quando no verso o teu insigne nome ponho;
Se és capaz de pensar com toda a acuidade,
de verter emoção, por um pobre desgraçado,
é tua a semente da solene solidariedade,
vivendo para um mundo muito mais esperançado;
Se a todos és capaz de dar o melhor que há em ti,
de fazer das tripas coração, por um mundo em ascensão,
se és capaz de tirar de ti para me dar a mim,
generoso tu és e não te rareia o ilustre coração;
Se és capaz de dizer não ao embuste da ilusão,
e converter o ilusório numa realidade,
tua é a vida com toda a compreensão,
dos que não escondem em redomas a simplicidade;
Se sendo enganado perdoares ao impostor,
se à mentira te esquivares desembaraçadamente,
se és capaz, na tristeza, ainda compor,
um poema que fale voluntariamente da gente;
És um Homem livre de rara honestidade,
e vais pôr tudo o que sabes ao serviço dos demais,
porque em ti mora e namora a sobriedade,
que aos majestosos filhos vais ensinar e a seus pais.
Jorge Humberto
03/06/11
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Gostei do seu poema de rara nobreza. Yayá.
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