sexta-feira, 24 de junho de 2011
AMOR CATIVO
O ter-te assumido amor é meu encanto,
guardar-te nas mãos e no coração é divindade,
foge de mim todo meu cativo espanto,
quando contigo me acho em espontaneidade.
Quando te vejo, meu olhar, enfim, se encontra,
serena presença, que me faz esquecer
a agrura da vida, que aqui e ali desponta,
e que tu, com teu amor, não deixa prevalecer.
És a minha segurança, nos dias mais escuros,
em que o silêncio plangente me atormenta,
a vida pode tornar-nos muito duros,
quando aquilo que temos, não nos sustenta.
Diria de ti, que és a minha sustentabilidade,
a liberdade, que não requer, aqui, contradição,
meus dias são de pensar-te, e na tua sensibilidade,
assim como no teu tão almejado coração.
Por saber-te, a felicidade contraria o frio,
que às vezes me assola, despudoradamente,
e eu vejo da janela o desprendimento do rio,
que percorre livre, buscando o ocidente.
Amada mulher, meu aconchego eterno,
meu pensamento e meu coração são contigo,
no teu gesto lúcido, pensado e terno,
és a alvura das madrugadas, para comigo.
Não me deixas cair nem sofrer influências vãs,
sempre um conselho em cada palavra,
e passam por mim as mais lindas manhãs,
que o sol a horizonte, continuamente lavra.
Serei teu com toda a fidelidade e acuidade,
figura constante, apesar de distante,
da minha boca só ouvirás a restrita verdade,
quando contigo estiver, far-se-á o instante.
Jorge Humberto
20/06/11
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário