quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
A NOITE DE NOSSO AMOR
Boca com boca, sentindo a respiração um do outro,
enquanto as mãos, ganhando liberdade, solicitam
corpos, já meio despidos de roupas, seu incómodo,
promessas ecoam por todo o quarto entre sussurros.
E, aproveitando a meia-luz, do recinto, cheio de uma
sensualidade, que nos rouba os instintos, peça a peça,
tecidos vão caindo a nossos pés, entre beijos e aromas,
aumentando a respiração e sua cadência, subtilmente.
Porém, alguma da roupa, mantém-se, aprofundando
sentimentos e desejos, deixando que, a sensualidade,
reine entre o par, que, sem pressas, vão-se acariciando,
em toques de pele, deixando, que o momento se faça.
E, eis, que, assim, nos observamos, em perfeito deleite,
esculpindo a nudez, até agora visível a nossos olhos, e,
entrando em jogos, que nos fazem rir, descontraímos
um pouco, da entrega sexual, absorvendo-nos de facto.
Por fim, já sem roupas, entregamo-nos ao tão inevitável,
desejo carnal e sentimental, e, beijando-te, com avidez,
trago-te suavemente, até ao descanso, dos alvos lençóis,
bebendo ambos, do fruto escolhido, qual só a nós respeita.
Jorge Humberto
23/ 1 1/08
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