terça-feira, 5 de janeiro de 2010
RETRATAMENTO
Se o supor-me, supor-me algo aqui
tivesse efeitos superlativos
supor-me-ia um ser mais
forte e sem contradições
onde tudo o que escrevesse
tivesse forma activa e interactiva.
Mas falho de mim fico muito aquém
dos conselhos e caminhos
que desbravo, para uma nova
sociedade como para fazer chegar
a voz ao povo injustiçado e sem grito.
Sinto-me um arrivista, que não
faz o que se espera dele, sempre
à espera que a palavra poesia
caminhe por si só e desate os nós
das incongruências e catarses.
Longe do que poderia ser
não fora a minha covardia, como
certo só este amor que corre
feito louco no meu peito
e escarra nas portas fechadas
com um simples gesto de ombros.
Há um provérbio que me define
actualmente «faz o que eu digo mas
não faças o que eu faço»…
Ser sem escrúpulos, demagogo,
deambula como verme que
rasteja por debaixo da terra,
assim sou eu meus amigos.
Ah, mas como aqui, a depressão!
Jorge Humberto
04/01/10
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