sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
POETA QUE CALA… NÃO!
Das bigornas, do maço e do
martelo, do aço, do metal e do
ferro fundido, do esquadro e do
compasso nasce uma nova
dialéctica, rumo ao futuro.
Do soldador ao vidreiro, do pintor
ao sapateiro, do taxista ao talhante,
do camionista ao comerciante,
da cabeleireira ao vigilante
nasce assim um novo proletariado.
Das ceifeiras a ceifa, na terra o arado,
do pastor o pastoreio, do peixeiro
a pesca, dos guardas florestais
a redobrada atenção, contra as mãos
assassinas, na eira a desfolhada.
Dos emigrantes aos que cá ficaram,
da noiva chorando seu noivo,
dos que sem medo aqui ousaram
dos que elegeram seu país,
contra sucessivos governos sem presto.
Dos que pelo frio saem aos campos,
dos varredores aos engraxadores,
das novas tecnologias em progresso
contínuo, dos ricos aos pobres,
este é o nosso país e digníssima voz.
Dos que observam e preservam a
natureza, dos jardineiros aos que
lutam por um trabalho digno às suas
competências, contra os circos e tudo
que polui nosso Planeta Azul.
Podem chamar-me tudo o que
quiserem: drogado, ladrão,
assassino, demagogo, prostituto,
sem Deus… poeta que cala: NÃO!
Jorge Humberto
06/09/09
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