sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
QUANDO QUASE MORRI
Neste país que é o meu
a mim muito entristeceu
de mim não quisessem saber
vendo-me mal e a adoecer
Ajudas mil eu procurei
em lado algum eu achei
carinho ou preocupação
com meu sofrido coração
De uns para os outros desviando
assim minhas dores ia fiando
sem que socorro viesse
e de mim enfim soubesse
o que melhor aprouvera
para o que me acontecera
de mil espasmos carpindo
só mesmo sorrir anuindo
Ajuda não veio de parte
alguma e eu senti-me aparte
da sociedade dos ricos
entre os aflitos dos aflitos
Entretanto o dia passou
e a mim ninguém se achegou
a não ser a extremosa mãe
que me não deixou a ninguém
Pois neste país fizeram pouco
de um pobre e senil louco
que apenas pedia ajuda
para sua saúde futura
De boa sorte e ternura
de quem me mostrou candura
o perigo enfim passou
e da morte por fado escapou
Mas não esqueço a revolta
de não ter à minha porta
quem se preocupasse
com todo este desenlace
Pois se da morte bem perto
a falta de sorte por certo
que ninguém se mexeu
preocupado com o que era meu
Jorge Humberto
15/01/10
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