domingo, 15 de agosto de 2010
A PAIXÃO
A paixão é a perturbação ou movimento desordenado do ânimo. A paixão é o objectivo de alcançar o amor. A paixão tem grande inclinação ou predilecção pelo amor. A paixão é cega e tenta por todos os meios alcançar o seu propósito. A paixão é o amor ardente entre duas pessoas ou mais. A paixão é o amor na sua fase mais profunda e exagerada. Quem sofre de paixão não dá descanso à pessoa amada, fá-la sentir-se importante mas não consente a aproximação de outro indivíduo. A paixão não raciocina nem tem bom senso, é o tudo ou nada a ser posto em causa.
A paixão é procedente de sensações que está voltada para o objectivo que examina. A paixão assim é doentia e sobrecarrega a pessoa alvo dessa paixão. A paixão tem tanto de evidente como de egoísmo, porque não consente um outro sentimento, que seja mais próximo da realidade. A paixão pode ser uma pessoa enferma que sofre de uma doença patológica. A paixão é irracional e pode cometer maus tratos, tanto físicos como psicológicos. A paixão é incomensuravelmente ciumenta, e tem por hábito afastar as pessoas amadas do contacto com os outros.
A paixão é de extremos, e tanto pode ser sociável como não. Depende da confiança entre os dois apaixonados, que tanto pode ser racionável como irracional. A paixão só tem olhos para o “objecto” de seu desejo e não consegue ir mais além, à custa de ciúmes inexplicáveis e sociais. A paixão não reparte nada com ninguém, e, até mesmo a pessoa amada, é alvo de descriminações, não entendíveis ao comum dos mortais. A paixão tanto exalta como penaliza quem vive esse estado de graça, que tanto pode ser benevolente como não. A paixão é causadora de excitação.
A paixão não tem regras nem sofre de bom senso, é tudo tal qual ela quer, seja de uma ou de outra forma, contrária à razão. A paixão não é dotada de razão nem ou de raciocínio. A paixão só tem olhos para a pessoa almejada e também pode criar conflitos, quando contrariada. A paixão assim, sem dar espaço ao outro, pode gerar violência e é exímia em defender os seus actos, muitas das vezes não entendíveis ou compreensíveis. Compreensão é coisa que falta à paixão extrema, mas também pode ser de um cuidado extraordinário. A paixão, quando levada aos seus limites, pode ser o oposto do amor, entre duas pessoas.
A paixão requer carinhos sem precedentes, mas normalmente descamba no contrário, pois as pessoas não sabem medir o grau de perfeição, que a paixão exige. A paixão encontra-se distante do que é considerado normal ou tradicional.
Normalmente a paixão exagera nos sentimentos, o que dá lugar a desentendimentos. A paixão é uma amante irascível e não procede, o amor que ela concebe encontra- se situado nas extremidades, do concebível. A paixão neste conceito é ilusória e pode ser uma pendência e uma altercação à desordem. A paixão é a passagem do amor sadio para algo de dependente.
Jorge Humberto
11/08/10
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