terça-feira, 9 de março de 2010
BONECO DE PAPEL
Insone - insano caminho -,
Vago e divago de mim mesmo,
Incompleto e febril, inerme e distante,
Fantasma sem sombra nem razões
Porque estar, se entre mim e outra coisa,
Que seja vida em si, houver sombra
A ficar, será tão somente a duplicidade
Ambígua do meu ser, mas não sou nem eu,
Esses a quem me impus,
Réstia de vontade, sonho a realizar,
Possibilidade ou simples matemática,
Que este que me faz aqui presença
Possível ao tacto e ao cheiro,
É só o que já se esqueceu
De como se faz, e logo fenece.
Jorge Humberto
(27/12/2003)
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