domingo, 11 de setembro de 2011
Canto à Madrugada
No róscido da ilustre madrugada,
despertam as flores primeiras,
abrindo suas corolas para a manhã,
que já se percebe, a horizonte.
Lá onde o mar desmaia, a quem
repara, com olhos limpos de indústrias,
rebrilha o sol, em seus matizes,
mergulhando seu fulgor nas águas.
E pequenos barcos, descansam
solenes, em suas margens, no fluxo e
refluxo das marés, que se avivam,
em resquícios de restos nocturnos.
E a lua, por se mostrar ainda presente,
influi nas águas, uma última vez,
antes de desaparecer e de dar lugar a
uma brisa suave, que se remete
nas árvores, que brilham e rebrilham,
fulgindo, por breves instantes,
suas folhas, que mostrando vão, seu
inverso, de um verde mais escuro.
E as nuvens, lá do seu alto, abrem-se
em brancos caprichosos,
como asas esmorecendo e caindo no mar,
emoldurando o céu de belos azuis.
Jorge Humberto
04/09/11
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