sábado, 24 de setembro de 2011
NADA QUIS, POR ISSO AMEI
Não sei se penso ou sinto.
Sou das águas o largo mar.
A mim próprio me minto,
se falo de mim, por achar.
Em momentos de emoção,
dos outros sou o começo,
negando-me à triste solidão,
com a qual me esmoreço.
Alma minha, quem a gerou?
Imenso oceano a desbravar.
Tudo em mim se olvidou,
e no ontem vive, a se lembrar.
Recordar é como adormecer,
à sombra, duma sombra vã.
E vive-se, apenas de viver,
sem que vejamos o amanhã.
Assim, escrevo à minha sorte…
e como nunca nada desejei
nem temi o espectro da morte,
sobreveio a felicidade, e amei.
Jorge Humberto
21/09/11
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