sexta-feira, 30 de setembro de 2011
A VISÃO DO POETA
No alto céu, nuvens espumosas,
desenham lindas figuras,
e a horizonte barcos sulcam as águas,
numa tranquilidade de braços.
Por escrever e só por isso as coisas
existem e se concretizam, a
meus olhos. E o rio corre tranquilo,
para onde as marés o levam.
Até onde eu alcanço, o distinto rio,
tem nas orlas das margens,
um serenar azul, que vai nos azuis
dos azuis, que se espraiam,
até influírem, com as águas indómitas
do mar. Existindo porque são,
mar e rio confluem, em linhas paralelas,
e por julgar, vislumbro um verde,
misturando-se com os azuis, que da
minha janela eu vejo, como
um belo quadro, que agora eu tento
reproduzir, em versos singelos.
E onde as águas se encontram, montes
(a meu ver sempre verdejantes),
sobressaem, no mais alto de si mesmo,
e como num eco, que tem tanto
de visual (ainda que distante), como de
pressuposto, chegam até mim,
e por imaginar, frondosas árvores,
crescem livremente, no intuito do sol.
E deste modo, numa tarde que discorre
sem pressas, coube ao poeta,
a finalidade, de levar aos seus leitores,
um pouco de sua beleza, transcendental.
Jorge Humberto
26/09/10
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