sábado, 24 de setembro de 2011
COMO ESQUECER O QUE NÃO É DE SER ESQUECIDO
E como te esquecer, se és qual
botão de rosa, desabrochando
sua essência, no meu coração,
em doces olores, e suas cores.
Como te esquecer, quando das
estrelas és a sua resplandecência,
e os teus olhos vêm com a lua,
clarear a minha imensa saudade.
Como te esquecer, pois que te
assemelhas a um pássaro louco,
voando pelos céus, que fizeste
estrada, desenhando mil filigranas.
E como te esquecer, se do amor,
fluíram as águas, à beira de um rio,
onde tantas as vezes descansamos,
os nossos segredos, mais belos.
Como te esquecer, quando das
mariposas, recebias a clarividência,
das manhãs primeiras e absolutas,
e tu vinhas para mim, resoluta.
Como te esquecer, digo e afirmo-o,
se eras o meu jardim, que de tão
florido, fazia com que os dias fossem
assim, felizes e plenos de emoção.
Como te esquecer, se eras o meu
porto seguro, e a todo o instante,
sulcavas as águas, num barco que
se fizesse, para me deixares tua graça.
Ah, como te esquecer, ó minha musa
enternecedora, que faz com que
meus poemas nasçam livremente,
para serem nos outros o pão do dia!
Raia alto, o sol, na imensidão do céu…
abrem-se as flores em harmonia…
e por mais que o mundo teime aqui,
esquecida não serás, por minha honra.
Jorge Humberto
23/09/11
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