sexta-feira, 21 de maio de 2010
DEIXAR A DROGA
Estigmatizado pela vida que levava
das drogas o meu flagelo principal
deste pesadelo não mais acordava
de mim fugia e de todo o mal.
Sozinho neste mundo de terror
calçando estradas ruelas e ruas
vivi em perfeito desamor
sofri as dores da alma quase nua.
Não passava de um boneco de lama
que tudo que era meu me foi roubado
à noite não sossegava na cama
tal as dores que me tinham acordado.
Deambulando meus passos miseráveis
procurava o dinheiro onde pudesse
que as somas era grandes e consideráveis
para quem nesta vida lá aprouvesse.
Pesando quarenta e dois quilos de gente
vi-me obrigado a pedir comida
meu estado era de um estado urgente
se queria desta vida levá-la vivida.
Até que um dia já sem veias pra procurar
percorri meu corpo de agulha em riste
Como se não houvesse onde encontrar
no pescoço me injectei como tudo que resiste.
E chegou o dia da minha comunhão
para com a vida que sói destruir
apelando apelei ao coração
que desta vida me fizesse desistir.
E assim foi num belo dia de sol radiante
que eu gritei nunca… nunca mais
esta vida não mais levarei avante
serei livre como no céu vejo os pardais.
Jorge Humberto
20/05/10
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