sexta-feira, 16 de julho de 2010
POSSESSÃO
Falta às pessoas um pouco mais de humildade
dizerem ao que vão e o que querem. Habitam
em nós muitas máscaras possessivas e por demais
evidentes para que se possam subtrair por um
comportamento mais condigno e de acordo com o
ser humano falho e imperfeito. O supor que algo
de sobre-humano traz perfeição e que o tempo
tudo atenua e desculpa ou rectifica nossos erros
humanos faz de nós pessoas solitárias e prepotentes.
A riqueza está sempre do lado do mais popular ,
sendo que o braço torce sempre que há uma dissemelhança,
com o que é básico no homem e faz ponte, com o seu
bom senso primário e ordinário.
Sopram ventos de mudança, mas o Homem não está
preparado para a revelação de novos critérios de tão
fundamentalistas e convencionais que se tornaram.
Ao Homem exige-se ouvir e passar a palavra inteligente
e comprometedora ao seu receptor atencioso e
abrangente com a música mística do ressoar da voz.
Todo o mal reside a partir do momento em que o Homem
deixou de viver em comunidade e passar seus costumes
ancestrais, em que havia um respeitoso consentimento
pela sabedoria dos mais velhos, aos chamados anciões
guardas da palavra transcrita e honrosa.
Já não há jovens para escutarem os seus lideres culturais
de maneira que a palavra não progride crescendo livre e
sumptuosamente, morre à nascença prematuramente e
de forma dolorosa para toda a humanidade.
Cada vez se dá menos atenção à forma como se escreve,
quem faz da escrita sua obra e poeticamente falando
a poesia virou um traste em que se tem de pedir o obsequio
para escrever de forma digna e respeitosa, para com os
seus leitores. Mas os leitores têm a sua quota-parte de culpa
quando ao lerem detectam um erro e não o comunicam ao
seu autor. A internet virou uma bagunça e os erros são
costumeiros, entretendo-se as pessoas com as lindas formatações
que vêm sempre a par das poesias, estas são feitas para a
vista e muito menos para o seu consumo interno e intelectual.
Jorge Humberto
11/07/10
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