domingo, 10 de julho de 2011
DE AMOR SÃO MEUS DIAS
De esperança são feitos os meus parcos dias,
de te abraçar, quando à porta tu me ouvias…
e numa comunhão profunda, te enalteço,
que de tuas lindas qualidades, eu não esqueço.
Minha musa amada, que os meus versos cinges,
de comentá-los, ao teu gesto, não finges…
ondas do mar, que enrolam na areia,
trazem-me aos ouvidos, o belo canto de uma sereia.
Sublime tu és, quando no alto céu brilha o sol,
e nas paredes de tua casa, apenas e só um girassol…
que de nobreza é feito o teu indómito ser,
como as flores de um jardim, continuando a crescer.
E nas manhãs, vestindo orvalho, vejo o teu rosto,
de pele suave e reluzente, doce que nem mosto…
cisnes que no lago se vão enamorando,
uns aos outros, nadando, se estão procurando.
De orquídeas e de seda, translúcida, te visto,
e caminhando para mim, languidamente, eu insisto…
e ao longe as praias, recebem a maré,
trazendo galgos de espuma, algas, da orla o rodapé.
E neste nosso silêncio, que se deve ao respeito,
acolho-te, febril e ansioso, no meu peito…
douram as dunas, do sol o estertor,
e eu, caminhando pra ti, vou ao encontro do teu amor.
Jorge Humberto
06/07/11
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