domingo, 3 de julho de 2011
SEVERO NARRO MINHA INCONSTÂNCIA
Severo narro minha inconstância,
dou-me à sorte que me é dada,
os dias correm sem importância,
sem um golpe de asa ou espada.
Soergo-me desta minha latência,
num estado de alma emocional,
o que evidencia uma permanência,
é só a minha consciência afinal.
Tudo é sem graça nem disposição,
os dias correm por mim a dentro,
numa incoerente e vil insatisfação,
portas fechadas por onde não entro.
Espreitando a rua da minha janela,
tudo é vago e sem consequência,
e vivo a vida, encerrado numa cela,
despido de gestos ou de eloquência.
Jorge Humberto
02/07/11
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Um poema que descreve dois estados de espírito vindos, ou, de um leito hospitalar, ou, de uma cadeia policial. Um abraço, Yayá.
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