quarta-feira, 18 de maio de 2011
CARTAS DE AMOR
Olho-te nos olhos de repente
tu retribuis-me o olhar
e somos uma pequena semente
há espera de germinar.
Meu amor não tem condições
para ser e se expressar
exprime-se a ambos os corações
no mesmo linguajar.
Tens madeixas no teu cabelo
os lábios cor de carmesim
de manhã tens um novelo
de tão enrolado não tem fim.
Levemente passeio no teu rosto
conheço todos os traços
e cheiras a breve mosto
quando cais nos meus braços.
Sorriso franco de menina
deixa-me deveras extasiado
és como uma concubina
que dorme serena a meu lado.
Quando falas é como se cantasses
rouxinol no beiral da janela
cantas tanto como se amasses
quem espreitasse por ela.
Teu puro silêncio de oiro
é por mim guardado com respeito
nas searas o milho é loiro
e está há espera do seu pleito.
No rio que corre para a foz
levas as tuas cartas de amor
nunca estarás a sós
enquanto as souberes de cor.
Jorge Humberto
18/05/11
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