quarta-feira, 11 de maio de 2011
QUANDO PARECIA QUE IA CHOVER…
Trovejava imenso quando vim para dentro,
e quando pensei que aí viesse a chuvinha,
o trovão desapareceu, pelas nuvens adentro,
e a chuva refreou, nem uma só gotinha.
O sol refinado reapareceu para nos saudar,
trazendo o canto dos pássaros e das águas,
que no seu breve discorrer vão desaguar,
na foz mais perto incluindo as suas mágoas.
As de não renovar seu líquido bem azuláceo,
e estender suas ondas para lá do imenso mar,
junto às fráguas agarram-se os crustáceos,
eles que só precisam de pedra para se colar.
A horizonte tudo se mostra limpo e desafogado,
as nuvens espargem um chuvisco que origina,
lá bem ao longe, do que pode ser aqui olhado,
um arco-íris de ouro, com a sua famosa mina.
E assim se passou mais um dia de ameaços,
em que a chuva não veio, só deu a cara feia,
e pra que aqui não houvesse mais embaraços,
a aranha teceu no ar a sua dúctil e tenaz teia.
Jorge Humberto
02/05/11
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