sábado, 26 de fevereiro de 2011
A NAMORADINHA
Num banco de jardim, de mil flores
rodeada, de seda branca o vestido,
abres de cuidados os teus amores,
que guardas num baú, de couro curtido.
São cartas de amor e fitinhas de cetim,
que tu preservas, como a um tesouro.
E que agora abres e recordas assim,
como se fossem belas pepitas de ouro.
Leves fragrâncias envolvem o teu ser,
e tuas mãos delicadas procuram delícias,
que tu sabes, que no baú, ao remexer,
irás encontrar, em toque de pele e carícias.
Antigos enamoramentos de menina,
que tu soubeste guardar nessa caixinha.
Hoje lembras, em tua posse feminina,
que também tu já foste, a namoradinha.
Jorge Humberto
19/02/11
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