domingo, 6 de fevereiro de 2011
ESCREVER AO ENTARDECER
É com o entardecer, que há um
indistinto rumor, nas folhas,
pelo seu contacto, só
visível, a olhos que buscam nada.
As águas do rio são arenosas,
de um cinzento-escuro,
com laivos avermelhados, do sol,
que se vai diluindo, nos espelhos.
A lua, já vai alta no céu, de nuvens
aspergida, e o sol é de um
louro alourado, que vai subindo,
nas paredes, das casas.
A horizonte deita-se o mar, incólume,
e os amarelos e os castanhos,
explanam minuciosamente,
o plano das águas tranquilas.
Grau a grau, as cores vão sumindo,
e na noite, que vem vindo,
pássaros partem,
em debandada, para outros sóis.
Leve, breve, a noite se anuncia,
com gatos fugindo,
por entre muros, e, nos candeeiros,
insectos voltejam, feito loucos.
Jorge Humberto
31/01/11
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