sábado, 26 de fevereiro de 2011
POR DETRÁS DA NOSSA LONJURA
Em algum lugar, por detrás do
pôr-do-sol, o céu é azul,
e rebrilha nas ondas do mar
sua vontade inequívoca,
de dar cor a este belo Mundo.
Em algum lugar, por detrás de
cada gesto nosso,
está uma acção levada avante,
porque pensada nos outros,
como que se para nós mesmos.
Em algum lugar, por detrás de
uma guerra, há a paz,
fomentada em apaziguados
discursos, por gente
relevante mas deveras humilde.
Em algum lugar, por detrás do
egoísmo, dos senhores
das trevas, alguém traz o verbo
em palavras mansas,
para acalmar a raiva e o temor.
Em algum lugar, por detrás do
sol nado, pela manhã,
os pobrezinhos dos velhinhos,
não têm para onde ir, e são
largados em vãos de hospitais.
Em algum lugar, por detrás de
cada muro arruinado,
dormem crianças na humidade
das ruas desertas e sujas,
abandonadas pelos seus pais.
Em algum lugar, por detrás de
uma ruína em escombros,
a droga entra nas veias de um
jovem, pura ilusão,
de setas e lanças nos braços.
Em algum lugar, por detrás da
nossa lonjura,
encontrar-nos-emos a todos,
não mais estranhos seremos,
e viveremos em plena igualdade.
Jorge Humberto
25/02/11
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