QUANDO ÉRAMOS NÓS
Apenas uma vaga lembrança
é tudo quanto ficou em nós.
Sonho de sonhos, esperança,
de que volte a escutar tua voz.
Sei de ti a espaços, intervalos;
que para este coração iludido,
de tanto já ter sofrido, abalos,
anda assim, como que abatido.
Vem a noite, vai-se o dia, tudo
o que é recordação e nostalgia.
No caminho da rua, sou mudo,
e ao que me cerca, sem alegria.
Falta-me o teu abraço, o beijo
tão teu, a perdurar no tempo.
E no quarto, onde me queixo,
é porque não me resta alento.
Jorge Humberto
21/02/11
Luar de verão
Eugénio de Sá
Noite límpida esta brilhando na janela
Do quarto onde me deito e tu te deitas
É nosso o leito onde tu me rejeitas
É minha a dor ou o que resta dela
Campeia a indiferença neste espaço
Onde te chamei minha e fui o teu senhor
Era a festa da vida vivida com amor
De tanto que nos demos não permanece traço
Nesta noite estival é frio o meu pesar
Ao lembrar a doçura experimentada
Conhecendo-te a ausência embora aqui deitada
E assumo o travesseiro cansado de lembrar
sábado, 26 de fevereiro de 2011
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