sábado, 26 de fevereiro de 2011
POETA DE UMA SÓ MUSA
Vêem-me como objecto de prazer,
onde todos se podem intrometer,
sem ter respeito pelo meu sujeito,
que tem um coração a bater no peito.
Fazem propostas, já nelas realizadas,
como se não houvesse estradas,
a existirem, na sua fútil pequeneza,
cegas à verdade, da falta de certeza.
Acham que assim, por se declararem,
sem pudor, nem apreço atestarem,
é o mais correcto, se pensam só em si,
o que fica mal, do que se aplica a mim.
Para essas pessoas dizer-lhes que amo,
e é por essa mulher que sempre clamo,
mulher de meus sonhos, de minha vida,
que sempre me reservou salvo guarida.
Assim, com respeito, nada prepotente,
assimilo, que pela minha vida, haja gente,
que nela queira entrar, como amigos,
bem se vê, que eu não sou de inimigos.
Peço que tenham a mesma deferência
comigo, e que sejam em permanência
em mim, aludindo sempre à amizade,
aplaudindo os gestos de solidariedade.
Jorge Humberto
26/02/11
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