Jorge Humberto

Nascido, numa aldeia Portuguesa, dos arredores de Lisboa,
de nome, Santa-Iria-de-Azóia, Jorge Humberto, filho único,
cedo mostrou, toda a sua sensibilidade, para as artes e apurado
sentido estético.
Nos estudos completou o 6º ano de escolaridade, indo depois
trabalhar para uma pequena oficina de automóveis, no aprendizado de pintor-auto.
A poesia surgiu num processo natural, de sua evolução,
enquanto homem. E, a meio a agruras e novos caminhos apresentados, foi sempre esta a sua forma de expressão de eleição.
Auto didacta e perfeccionista (um mal comum a todos os artistas), desenvolveu e criou, de raiz, 10 livros de poesia, trabalhando, actualmente, em mais 6, acumulando ainda
mais algumas boas centenas de folhas, com textos seus,
que esperam inertes, no fundo de três gavetas, a tão desejada e esperada edição, num país, onde apostar na cultura, é quase que crime, de lesa pátria.
Tendo participado em algumas antologias e e-books, tem alguns prémios, sendo o mais recente a Ordem de la Manzana,
prémio atribuído, na Argentina, aos poetas e escritores, destacados a cada ano.
A sua Ordem de la Manzana, data do ano, de 2009.
Sendo ainda de realçar, que Umberto Eco, também foi merecedor, de receber essa mesma Ordem, de la Manzana.
Do mais alto de mim fui poeta... insinuei-me ao homem...
E realizo-me a cada dia ser consciente de muitos.
Quis a lei que fosse Jorge e Humberto, por conjugação
De um facto, passados anos ainda me duvido...
Na orla do Tejo sou Lisboa... e no mar ao largo o que houver.
Eu não sei se escrevo o que penso se penso o que escrevo.
Tenho consciência que escrevo o que me dita a alma e que escrevo para os outros, como forma de lazer ou de pura reflexão.

Escrever é um acto de crescimento para o seu autor e é uma forma de valorizar a vida. Não sei porque escrevo mas sei porque devo escrever.

Menção Honrosa ao Poeta Jorge Humberto

Entrevista do poeta concedida ao grupo Amantes do Amor e da Amizade

Quem é Jorge Humberto?
R: Jorge Humberto sempre teve apetência para a arte,
através do desenho e da pintura. A meio a agruras da vida,
nunca deixou o amor pelo seu semelhante. Auto didata e perfeccionista,
sempre levou seu trabalho através da sabedoria e da humildade.

Em suas veias tem sangue poético hereditário ?
R: Não, sou o único poeta da família.

Como e quando você chegou até a poesia?
R: Cheguei à poesia quando estava num castelo em França,
e escrevi um poema, altas horas da noite, sobre a liberdade
que todo o Homem anseia.

Como surgiu sua primeira poesia e se ela foi feita em momento de emoção?
R: A resposta foi dada acima.

Qual o seu tema preferido ?
R: Não tenho um tema preferido, escrevo sobre tudo, mas como poeta,
que quer aliviar a solidão de muitos de meus leitores, tenho escrito de há tempos para cá, sobre o amor e reflexões e alguns poemas bucólicos.

É romântico ? Chora ao escrever?
R: Acho que sim, que sou romântico, mas os outros falarão disso melhor do que eu. Já chorei a escrever.

Qual sua religião?
R: Agnóstico


Um Ídolo?
R: Fernando Pessoa

Você lê muito? Qual seu autor preferido?
R: Leio todos os dias, quando me deito. Meu autor preferido é o que referi como ídolo.

Quais seus sonhos como poeta?
R:Ver meus poemas impressos em livros e que meus poemas
tragam algo de bom a quem me lê

Como e onde surgem suas inspirações?
R: Surgem naturalmente, através do que vejo, sinto e penso.


Você já escreveu algo que depois de divulgado tenha se arrependido?
R: Digamos que meu lado perfeccionista, já me levou a alterar alguns poemas originais. Mas depois de algumas poesias, em que lhes dei outro cunho, não achei por bem mexer, naquilo que nasce de nós, assim como nascem são meus versos, que divulgo.

Qual o filme que marcou você?
R:" Voando sobre um ninho de cucos/

Como é o amor para você?
R: O amor é dádiva, compreensão e um bem querer de um querer bem.


Prêmio conferido à Jorge Humberto em setembro de 2011

Prêmio conferido à Jorge Humberto em setembro de 2011

Cuidando dos Jardins

Cuidando dos Jardins
Jorge Humberto-2011

Poeta de Ouro mês de Novembro de 2011

Poeta de Ouro mês de Novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011


MEU POVO, QUE SOFRES… LEVANTA-TE





De sangue, de nervos e de músculos,

assim sou eu, nesta luta

constante, pelos direitos de meu povo,

a quem querem sonegar,



sua autodeterminação e soberania.

Não sei, se o que escrevo,

chegará, algum dia, aos governantes,

mas antes fazê-lo, do que



me omitir, ao que é a minha eterna

responsabilidade, enquanto

poeta e escritor, que não se deixa

castrar, pelo menosprezo,



dos vis ditadores, que, mais não são,

do que masturbadores

passivos, rendendo-se ao seu coto

incestuoso, que vai de



geração, para geração, entre vitrais

oblíquos, onde a luz do sol,

não entra, fechados em si mesmos -

indiferentes à voz da população,



e às suas imensíssimas dificuldades.

Então, lutemos, meus irmãos,

derrubando muros, que nos oprimem,

e nos tiram toda a dignidade.



Jorge Humberto

22/11/11

NADA DERRUBARÁ O MEU POVO



De punho cerrado, sairemos,

gritando bem alto, nossa

indignação, contra aqueles, que

nos roubam a dignidade.



Querem-nos calados e omissos,

como a qualquer coisa, a

vegetar; mas o povo não se

calará nem se deixará cair,



na fácil demagogia, tentando

confundir-nos, com suas

palavras de retórica - a mentira,

que o povo já não tolera.



Aos novos corvos da inquisição,

iremos mostrar, que não

nos deixaremos conduzir, nem

temeremos sevícias.



E como uma corda de músculos,

mãos dadas, caminharemos,

ao ar as bandeiras, reivindicando

nossos direitos indivisíveis.



E se a revolução vier, que ela vingue,

no coração e na mente,

de cada um de nós, que ás balas,

daremos o nosso peito.



Será um Portugal unido, honrando

a sua ilustre história,

que, pelo povo, se engrandecerá,

contra tudo e contra todos.



Jorge Humberto

21/11/1

PAISAGEM



Pela orla do rio passeio meus olhos,

que se enchem dum terno azul

e de uma verdejante paisagem, que

o delimita, num fulgor intenso.



Raso meus olhos na água celeste,

e recebo de encontro ao peito,

o frescor das ondas cavalo, salpicando

meu ser, de pura essência.



Pássaros, voando, daqui para ali,

fazem estranhos bailados,

por sobre a transparente superfície,

que vai para além da vista… a nós.



Na orla do rio, o cheiro à ditosa terra,

inebria os meus sentidos,

e eu julgo ver, dado ao horizonte,

barcos a se esmaecerem,



para lá do circulo, onde nascem

os arco-íris e vivem as

pessoas, que ainda não conheço,

e que canto em meus versos.



Bem-dito, meu querido rio Tejo,

que me fazes ser toda a

gente e todo o mundo, e tens

janelas abertas, além do infinito.



Jorge Humberto

20/11/11

sábado, 19 de novembro de 2011



DE E PELA LIBERDADE DOS POVOS


Meu ser consciente, que a nada se nega,
há muito se encontra ao lado deste
meu povo; mil desafios me foram então
impostos, enfrentando-os frontalmente,

com a força de meus braços e da palavra
coerente e sempre incentivadora.
Muitos serão, os que caminham a meu
lado, lutando pela sua autodeterminação,

punhos cerrados, na absoluta certeza, de
que, um dia, os seus direitos, serão
salvaguardados e postos, finalmente, em uso,
na concretização de suas liberdades.

E mais… o povo unido, jamais será vencido! E
esta realidade, não pode nunca, ser
posta em causa, se não se quer, que se
abra um procedente, sonegando a verdade.

Então, deixemos mãos na terra e façamos,
dos novos frutos, a luz que nos
alumia, alimenta e honra, pela progressiva
acção, de nossa luta, em prol da liberdade.

Jorge Humberto
17/11/11

ATENTEMOS AO ORGULHO DOS POBRES

Nesta tarde fria e cinzenta, penso
em todos aqueles, quem nem
de uma casa dispõe, que lhes sirva
de abrigo, ante a crua escuridão.

Não vivem, somente sobrevivem,
tentando, que, de algumas
pessoas, venha a compreensão e
o alento, que, nas ruas, esmolam.

Seus farrapos, de imensas estradas,
calcorreadas, não escondem o
orgulho, pelo qual se pautam,
de uma miséria, que tentam esconder.

Pois como toda a gente, são providos
de consciência e personalidade,
e, embora, não sejam mal agradecidos,
mantém o brio, enquanto pessoas,

com os seus sentimentos e emoções.
Tratemos pois, de a estes seres
humanos, não os deixarmos constrangidos,
que bem basta sua desgraça.

Jorge Humberto
18/11/11

MINHA POESIA, QUE ÉS LIBERDADE

Lá fora faz frio; e há uma ausência de mim,
que procura o conforto, da poesia.
Por isso escrevo, sem rimas, que a liberdade,
assim o exige, e a palavra mais discreta.

Entre espelhos oblíquos, vou-me narrando,
e todo eu sou sangue, carne e nervos,
uma corda de músculos, que vai daqui para
ali, como uma ponte, paralela a mim.

Como heras, galgando as paredes, assim me
encontro, e alto ergo o meu pendão,
estilhaçando todas as correntes e algozes, que
teimam em castrar, meus poemas.

Contudo não me deixarei abater, pelos novos
corvos da inquisição, e de lutas farei
meus dias, até alcançar, o que é de meu almejo,
de encontro o focinho da palavra.

Tudo o que faço ou não faço, a mim a pertença,
e a responsabilidade, enquanto poeta,
de levar até ao povo, a nobre língua portuguesa,
tendo na alma a verdade, que me rege.

E assim sou eu, em pedra trabalhada, esculpido,
pela generosidade de minhas mãos;
essas mãos, que a escrever, jamais se negaram,
à lealdade do verso, que não desmerece.

Jorge Humberto
16/11/11

A ESSÊNCIA DA VIDA

No meu caminho, ladeado por árvores,
que mostram, todo o esplendor do
Outono, acabado de chegar, para nos
surpreender, com a beleza, que lhes

cinge os troncos milenares e fecundos,
silenciosamente e de mãos nos
bolsos, sigo os meus passos, pensativo,
no reencontro com a Mãe Natureza.

Há, em cada folha caída, uma nostalgia,
invadindo os meus sentidos, que
procuram, nos matizes acastanhados,
qual o significado, de serem dessa cor

e não, de uma outra qualquer, a haver.
A cada coisa sua génese e essência,
e dessa realidade, não posso fugir, apenas
desfrutar, do que existe, para ser.

Tudo tem seu sentido e característica bem
definida, assim como o céu ser azul,
e o imenso mar, que ao longe se encontra,
realizando aquilo, pelo qual foi vontade,

de um Universo em ebulição, criando, passo
a passo, tudo o que meu olhar alcança.
E é esse haver uma realidade, totalmente
concreta, que me diz, do porquê das coisas.

E então compreendo, que a vida, a Natureza,
agem por inteira sinceridade, com seus
predicados e originalidades, que a mim, me
encantam, como parte, de um todo.

Jorge Humberto
15/11/11

RETRATO DE UMA NOBRE SENHORA



Dá-lhe, o rosto, a doce transparência,

num trato fino e bem cordial.

E quando gesticula, rasgos de inocência,

fazem dela, mulher sem igual.



E no seu caminhar, tem a aparência,

das suaves brisas, nas espigas.

Que nas mãos de seda, é a apetência,

da destinta vénia, sem intrigas.



Seus olhos, que da cor, são puro mel,

têm a discrição, da sã nobreza.

E esculpida, pela aturada certeza do cinzel,

és hoje senhora de gran beleza.



Menina-mulher, rege-te a decência

e a humildade, que não te deixa envaidecer.

Toda tu és feita de coerência,

e em teu sorriso, há um sol a nascer.



Jorge Humberto

19/11/11

segunda-feira, 14 de novembro de 2011


MEU SER MAIS EMOCIONAL


Minha emoção, sempre ávida de novas
comoções, deixa em mim, a leveza
das coisas, vivenciado, a cada novo verso,
rios transparentes e lindas pessoas.

Na largueza de meu olhar, comovo-me,
com tudo, o que me é dado ver,
no sentimento que transborda meu peito,
e, em excelsa poesia, se me preenche.

Assim, desenho jardins e árvores frondosas,
sorrisos de mil crianças, na sua macia
infância, que vão, pela mão de seus queridos
pais, até mundos, a elas nunca vistos.

E todo eu, sou por dentro (ilustre coração),
e ponto por ponto, dos sonhos
faço realidades, ora tristes ora em tudo alegres,
dependendo de meu estado emocional.

Desabrocham flores virtuosas, em minhas mãos;
pássaros encetam voos, rompendo
o azul dos céus; e meu ânimo, é uma bela pintura,
suavemente exposta, no mais alto de mim.

E assim sou feliz, dando-me ao que há e ao que
se pressupõe, que, minha emoção,
deslinda, em terno versejar, o que só eu posso
pressagiar e vaticinar: da palavra… a voz.

Jorge Humberto
14/11/11

DE NOSSO AMOR E DOS AMIGOS… A VIDA

Nas encruzilhas da vida, onde nos perdemos,
temos de nos agarrar, àquilo que temos,
e fazer das forças, coração, que pela coragem,
caminho faremos, na mais correcta abordagem.

Viver é fácil, difícil é vivê-la; então há que saber,
o que é melhor para nós, e juntos aprender,
a gerir os nossos sentimentos, doando esse amor,
que nos rege, com honroso e solene, pundonor.

E se nos estenderem a mão, co toda a afinidade,
no bem-querer, que aufere, verdadeira amizade,
aceitar devemos, o que não tem pretensões:
não mais do que se chegar, aos nossos corações.

E aí, a estrada, será muito mais fácil, de percorrer,
pois que teremos dos amigos, a quem recorrer,
se em aflição nos encontramos ou vil desgraça:
que deles recairá em nós, o apoio e a distinta graça.

E já sem correntes, e no peito, toda a humildade,
gratos seremos, pela sublime humanidade;
que dos escombros saindo, eis, iremos agradecer,
ao amor e aos amigos, que nos ajudaram a vencer.

Jorge Humberto
12/11/11

ALMA GÉMEA DE MEU AMOR

Teu amor, sem precedentes, me contagia,
e sou mais eu, no caminho a ser percorrido;
ter-te assim comigo, é uma imensa alegria,
que, pla vida, vou descobrindo seu sentido.

Cativa, que me tens cativo, traze-me feliz,
de um amor sem receios nem preconceito;
caia a noite ou nasça o dia, serei o aprendiz,
de tuas emoções, guardadas em teu peito.

Mulher de meus sonhos, de todas a mais bela,
ensina-me a amar, quando é chegada a noite;
e o vento, assaz, rigoroso, bate na bambinela,
trazendo-me o frio mais cruel, como num açoite.

Olhos nos olhos… mãos mas mãos, a acalentar,
é de meu desejo o mais premente e ansiado;
que ter-te em minha presença, a me acompanhar,
tem-me do ensejo, o teu sorriso, mais esperado.

E quando te achegas a mim, com todo o carinho,
e no teu colo, predilecto, deito a minha cabeça,
sei que jamais, em tempo algum, serei sozinho,
que amarmo-nos, é nesta vida, a nossa sentença.

Jorge Humberto
13/11/11

VELHOS E NOVOS… VENCEREMOS


Ainda que as flores estejam despidas,
de todo o seu encanto e beleza,
não é esta a hora, amigo, para despedidas,
que o mar é calmo e nos traz a certeza,

de que unidos, a uma só e única voz,
aliados alcançaremos o sol, em tudo relevante –
e que reivindicando, nunca estaremos sós,
e levaremos nossa palavra avante.

E forçando músculos, sangue, nervos e coração,
à rua sairemos, em pleno desagravo,
erguendo bem alto, o distinto pendão,
tendo em nossas mãos cerradas, o histórico cravo.

E diremos “não”, aos políticos incompetentes,
que roubam ao povo, a sua pertença.
Mas mais uma vez, unidos, seremos presentes,
velhos e novos, unificados, pela mesma crença.

Jorge Humberto
11/11/11

DOS AMIGOS O AMOR, QUE EM MIM NUNCA ESQUECEU

Dos meus amigos, o aprendizado, que me fica,
por sua generosidade e humildade,
que, em gestos altruístas, comportam
todo este meu ser, ávido de amor e de amizade.

Eis, senão, que eu sou apenas, o cúmplice reflexo,
daqueles que me rodeiam, e encarecem;
janela totalmente aberta, àquilo que hoje
eu sou, na modéstia, que me foi deveras ensinada.

Nos escombros, de minha vivência, onde um dia me
perdi, foram dos amigos e da mulher
que eu amo, as mãos, que se me estenderam,
narrando-me novos caminhos, que desde então percorri.

Não trouxe inimizade nem estigmas, da cidade escura.
O sofrimento ficou comigo, e não me
manietou, ao que sempre foi a minha personalidade;
esse amor, que me regia, mesmo na dor, que me sofria.

E quando o distinto sol, se embrenhou nas minhas retinas,
e o desassossego, trouxe-me ao descanso,
livre, pude enfim desbravar, toda a minha verdade:
doar-me, sem algozes, a quem meu amor, sempre apreendeu.

Jorge Humberto
10/11/11

A BELEZA DE MINHA POESIA

Uma chuva persistente, cai no meu peito,
apenas por imaginar, que assim é;
alagando meu “eu” interior e seus jardins,
ao fundo as planícies mais verdejantes.

E em sua distinta orla, o rio galga, afora de si,
cingindo meu coração de cruas ondas,
que se esbatem de encontro ao mármore das
pedras, que ladeiam as águas, lado a lado.

Cavalos de espuma, com suas crinas ao vento,
vão pelos meus olhos, em debandada,
numa representação mental, onde a realidade,
são as praias, ao longe, numa suposição.

A chuva continua a cair, e eu, dentro de mim;
e meus braços estendidos, são asas de
pássaros, delineando voos, por entre o cinzento,
e as diferentes gradações, de meu ser.

Que os meus dedos, como se ampolas de sangue,
narram, apelando à natureza, as metáforas
com que me teço, entre as malhas da chuva oblíqua,
que cai por sobre as linhas, desta minha poesia.

Jorge Humberto
09/11/11

terça-feira, 8 de novembro de 2011


UNIDOS TEREMOS UM MUNDO MELHOR

Sou todo o mundo e toda a gente,
que comigo faz tenção de caminhar,
pra uma sociedade mais abrangente,
onde a amizade é confraternizar.

Da nova geração devemos bem cuidar,
filhos da esperança, feita realidade;
eis que nada lhes falte, e saibam amar
o próximo, sem distinção nem idade.

Aos petizes, o melhor aprendizado,
que os faça olhar, para os nossos anciões,
com todo esse respeito acumulado,
que a escola lhes deu, em suas lições.

Dos amigos e vizinhos, só o sorriso na face,
e a palavra solícita, a cada o instante.
E que a todo e qualquer distinto impasse,
venha a compreensão, nunca distante,

a quem apregoa o bem-estar e o cuidado,
de seu semelhante, à face da Terra.
Pois que ninguém, neste quadro adornado,
faça de seu dia-a-dia, uma inócua guerra.

Então iremos no azul, dos azuis, a lembrar,
o quanto somos privilegiados, amiúde,
sem nunca mas nunca, nos transtornar,
que o mais importante, é termos saúde.

E gira que gira o mundo, em eterna beleza,
erguendo jardins, de bem querença;
porque em tudo, nos sobra a certeza,
de que se formos unidos, a todos a pertença.

Jorge Humberto
06/11/11

O DE SERMOS AGRADECIDOS

Há pessoas, por pensar, em todo o seu
egocentrismo, que nada devem a ninguém,
que isoladas ficarão, em suas redomas
de cristal, alimentando o coto, já amputado.

São pessoas essas, que não têm um
agradecimento sequer, àquele que tanto
lhes dá, por generosidade e terno amor,
o que de melhor têm em si, como agente

da amizade e da harmonia entre o ser humano.
Sabermos reconhecer nos outros, suas
virtudes, é engrandecermo-nos a nós próprios,
preservando nossa personalidade e humanidade.

Quem anda no mundo, deixando os demais
de lado, por julgar, que a si se bastam,
cometem o erro crasso, de nada terem aprendido
na vida, e a ter de viver com seus espinhos.

Não há coisa melhor do que doarmo-nos,
sermos agradecidos e generosos, perante aqueles,
que nos estimam, e soltam seu coração ao alto,
para chegar aos corações solitários.

Mas como um belo jardim, apresentando seu
colorido, há pessoas que preferem viver nas trevas,
do que apreciar as flores, abrindo-se ao sol,
em todo o seu imenso esplendor e sinceridade.

É preciso resgatar do limbo, os valores morais,
sermos nos outros, como se fora em nós mesmos,
assim, o caminho, será bem mais facilitado,
e todos nós poderemos sorrir, por termos amigos.

Jorge Humberto
08/11/11

EIS-ME A QUEM SOU


E dão-me azul, aos olhos, as águas,
que no rio vão; brancos, os cabelos,
das espumosas ondas, que no mar
se espraiam; pele suave, das dunas

o acerto, esbatidas pelo brando sol.
E são de sal, estas minhas mãos,
que já correram oceanos, a se perder
de vista: o sangue que delas emana.

E meu caminhar silente, como a uma
brisa, é das árvores, sua essência;
meus braços, uma corda de músculos,
na firmeza das heras, mais antigas.

Na alma invicta, ora o sol, ora a lua;
do pensamento a destreza, sem fim;
e se pela emoção me dou, amor
irrestrito, que vai de mim, para os outros.

E na orla de meu peito, coração em
debandada, como crinas de cavalos,
estendendo-se nas verdejantes
planícies, que são todo este meu ser.

Jorge Humberto
05/11/11

AMAR SEM LIMITES


Só o amor ama por debaixo da vaga.
Não há aqui outro sentimento igual,
que nos traga, em mãos, a ternura
e o encanto, de uma alegria consensual.

Desde petiz, que me rodeei de amor,
entregando-me a ele e à sua sorte.
De avanços e de recuos se fez o caminho;
do que só se extingue, pela morte.

Amor é uma dádiva, que é de bem guardar,
no coração e na mente, o cuidado a ter.
Compreensão, que requer reciprocidade,
de uma união, alicerçada no bem-querer.

De simplicidade e humildade, se faz o gesto,
de entre pessoas, que amam de verdade.
E a felicidade assume total preponderância,
buscando sua essência, pela fidelidade.

Meus versos de amor, não têm correntes,
livres, no correr, são pura emoção.
Amar, ama quem pode, sem restrições
nem altivez, num estado de contemplação.

Por isso eu amo, até ao mais infindo de mim,
sem retrocessos nem desmandos infelizes,
que ao amor roubem a mais linda esperança,
deste amar sem algemas nem cicatrizes.

Jorge Humberto
04/11/11

sábado, 5 de novembro de 2011



O SEM SENSO DA POLUIÇÃO

Absorto, em meus pensamentos,
numa letargia, sem precedentes,
olho a janela, aberta para o fora,
e o que vejo é uma realidade crua,

de ferros retorcidos e máquinas,
sem ter mais uso, encostadas a um
canto poeirento, desvirtuando
o campo, que ainda assim persiste.

Fábricas vomitam vidro, junto com
outros excedentários, poluindo a
parca natureza, com a sua fuligem,
que vai tingindo as poucas árvores.

E o velho rio, de sempre, apresenta
tons lamacentos, que meus olhos
detectam, com uma extrema tristeza,
relembrando, o quanto azuis, eram

suas águas, em tempos, que já lá vão.
E os pássaros, em debandada, procuram
poisos certos, no aço dos guindastes,
que pululam, sem vida, ferindo a paisagem.

Jorge Humberto
03/11/11


NUM DIA DE CHUVA INTENSA

As nuvens, em mau presságio,
anunciaram-se pela manhã,
lá onde o horizonte é dado ao
rio, e de negrume era a sua

ostentação, que nos céus se
refletiu e lá permaneceram.
Quando as nuvens convergiram,
umas nas outras, uma chuva

Intensa, cobriu montes e casas,
impedindo, ao olhar, mais
atento, que este descortina-se,
o que estava para além de si,

no seu cair desenfreadamente.
Pessoas e animais, correram a
abrigar-se, entre as árvores
próximas e os beirais dos prédios.

E nas vidraças, como se intensas
lágrimas, a chuva foi deixando
seu rastro, que no chão, foi
criando poças, para onde quer

que se passasse, na pressa de
chegar. E o rio, tornou-se, de fio a
pavio, caudaloso, com ondas
saindo de suas margens, inteiriças.

E agora, que é chegada, a distinta
noite, a chuva persiste, no seu
cair água, atapetando os jardins,
com os seus riachos artificiais.

E um som harmonioso, como cordas
de um piano, conduziram meus
dedos, através dos mais ilustres
versos, que, pela chuva, nasceram.

Jorge Humberto
02/11/11

ME CONCEBO PELA POESIA

Meus poemas, que me dizem e me
expõe à realidade, de quem
sou, ou me presumo, por minha
consciência, são como às

águas de um rio, que entre escolhos
busca o melhor caminho,
para chegar ao seu ansiado destino,
no correr das margens.

De olhos limpos, sem que fira a paisagem,
ergo jardins, grávidos
de flores, e todo eu sou fragrâncias distintas,
pois é neles que me cumpro.

E como um pássaro, estendendo suas asas,
enceto voos sem fim,
percorrendo os altos céus, que me cingem,
e que dos algozes me libertam.

Jorge Humberto
01/11/11

ASSIM O AMOR

Meus olhos, nos teus, são como
o desabrochar, de lindas flores,
que em silêncio se contemplam,
e irradiam terna luz, sem ter par.

Muito para além, de onde o olhar
sempre alcança, enceto uma viagem,
que te percorre, de ponta a ponta,
olhos nos olhos, cruzando destinos.

E como janelas abertas, te descubro,
numa pele de mulher, e sua graça;
femíneo corpo, que se dá à emoção
do instante, sem qualquer martírio.

Tal qual um rio, que vai de encontro
à sua foz, nas suaves águas, que o cingem,
de ornatos violetas e purpurinas,
que há paixão, traz o momento solene.

Jorge Humberto
31/10/11